segunda-feira, 22 de junho de 2009

Consumo dos signos



O mercado econômico mundial é movimentado pela aquisição de bens de consumo, o qual todas as classes sociais contribuem indiferente de sua renda. A forma de atingir todos os públicos se dá através da venda da imagem de um produto utilizando o meio midiático. A relação da mídia com o consumo é extremamente íntima pois um movimenta o outro, ou seja, da mesma forma que a mídia vende o produto, a empresas fabricantes recheiam o conteúdo de propaganda na mídia.

Propagandas publicitárias afetam a decisão do consumidor em grande parte, por isso o que anuncia o fabricante quando quer vender o produto é a marca. Os produtos precisam de um logotipo e um slogan de impacto para atingir o público alvo. O âmbito do consumo tem sua fonte – principalmente – nos shoppings centers, lugar feito somente para o consumo, corredores iluminados com vitrines extremamente coloridas e atraentes, seduzem o público. Criar um ambiente familiar também é importante, pois o público que compra desenfreadamente são as crianças, não tem noção do custo-benefício de um produto. 

Mas porque os indivíduos sociais compram tanto? Talvez pela variedade de produtos, ou por quantidade, mas conclui-se que status é o que mais induz ao consumidor a comprar determinados produtos, de determinadas marcas. Nas propagandas publicitárias, os produtos vendem imagens de felicidade, liberdade, família, sucesso e amigos, que são sentimentos ou bens que todos querem adquirir. As propagandas publicitárias atingem o público no seu ponto mais fraco: fazem da compra, a cura para necessidade sentimental. 

Cada vez mais o ser humano é atingido por milhares de informações ao dia, as propagandas entraram no dia-a-dia de todas as pessoas, seja na televisão, rádio, jornal impresso ou revista, outdoors, indoors, cartazes, propagandas em traseira de ônibus, seja na rua ou dentro de casa o ser humano é induzido ao consumo. Consumir, tornou-se um ato simbólico e, não mais material. Adquirir um bem significa adquirir uma qualidade, um sentimento, uma ideologia e não mais uma utilidade. Sendo assim, observa-se a distinção de classes sociais e grupos urbanos. Ou seja, os produtos não são mais apenas um utilitário universal, empresas fabricam o mesmo produtos mas vendem em diferentes lugares e marcas, para atingirem todos os públicos, classe média e baixa compram o mesmo produto e pagam preços diferentes. 

O mercado consumidor foi readaptado para vender a marca, a ideologia do produto, e não mais a qualidade, como consequência o indivíduo consumidor se moldou tais padrões. Determinados grupos urbanos utilizam vestimentas que vendem características pessoais, ideologias, atitudes que o identificam com as demais pessoas que aderem a determinados grupo. Outra distinção vêm através da classe social, o público da alta classe adquiri produtos caros de marcas importadas, e a classe baixa para inserir-se naquele acaba aderindo a produtos extremamente caros. A cultura do consumo deve ter seu espaço para reflexão, pois tornou-se um ato comum e sem parcimônia, pois as propagandas nos induzem – inconscientemente – a uma necessidade que nunca existiu. 

A tecnologia também tem seu papel importante no mercado, as empresas utilizam de jogadas de marketing extraordinárias, para manter o público comprando produtos todos os dias. A tecnologia desenvolve diariamente modelos novos de produtos, mais fáceis, mais rápidos, mais dinâmicos e lançam eles em cima daquele produto que até então era a última tecnologia, transformando-o num objeto ultrapassado. Empresas apelam agora para o chamado ecológico, para o consumo sustentável, e se envolvem em parcerias com ONGs ou grupos sociais, tudo para vender (novamente) a imagem positiva Não tem como sobreviver numa sociedade de consumo, se não, consumindo no ritmo que as empresas ditam, a não ser que o público tome consciência da cultura do consumo e faça dessa um ato racional.